Celtic Cross


O ouvinte pergunta-se, logo na primeira música, se este redator pretende realmente divulgar exclusivamente o gênero celta, ou se ele não tem também uma queda pelo gênero renascentista.
De fato, eu não pretendo me limitar ao gênero celta, mas comentar e divulgar seus entornos temporais e estilísticos também. Mas este não é bem o caso deste álbum.
Cabalgata é, sim, uma música no estilo renascentista (e então entendamos que estilo renascentista e composto na renascença não são dois conceitos necessariamente congruentes), mas logo que ela passa, o ouvinte já tem certeza de que ouve um disco de música celta.
É inegável que o estilo celta de Searles é bastante puxado no renascentista, mas ainda assim não deixa de ser celta.

Se o álbum andar numa certa constância, que não incomoda mas não exalta nada, isto será quebrado em Abercairney House, o cume de beleza deste disco, segundo minha humilde opinião.
A partir dela, o ritmo vai lentamente decaindo até atingir novamente uma constância, apenas com melodias diferentes, mas instrumentalizações parecidas. O contraste novo aparece em Clan Ranald, em que o violão faz-se mais grave, o cravo acompanha, e o oboé e a flauta brincam com uma melodia celtico-renascentista.

Este modelo de ritmos médio-lentos e instrumentalizações similares com contrastes vai se repetindo até o fim do álbum, o que não fazem dele de forma alguma sem graça, mas provavelmente não tão peculiar quanto Ancient Isles.

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